O conflito Israel-Hamas e seu impacto estratégico na eleição de São Paulo

Por Angel Villarroel Lara | CEO da Agência Zenit

3/21/20242 min read

A cidade de São Paulo está imersa em um contexto político-eleitoral complexo, influenciado pelo recente conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Esta situação tem gerado repercussões importantes na dinâmica eleitoral, especialmente na disputa pela prefeitura da cidade. Para entender melhor como esse conflito pode impactar o resultado das eleições, é essencial analisar as posturas adotadas pelos principais atores políticos e os mecanismos psicológicos envolvidos.

O presidente Lula Da Silva, alinhado com setores críticos a Israel, assumiu uma posição enfática ao qualificar a resposta israelense aos ataques do Hamas como "genocídio" e "chacina". Essa declaração desencadeou uma reação direta do governo israelense, que considerou Lula como "persona non grata". Esse incidente não apenas evidencia as tensões diplomáticas internacionais, mas também lança sombras sobre a política interna brasileira, especialmente em São Paulo, onde a presença de comunidades judaicas e a sensibilidade em relação a temas de segurança nacional são destacadas.

No cenário eleitoral, o pré-candidato do PSOL, Guilherme Boulos, apoiado por Lula para concorrer à prefeitura de São Paulo, expressou seu apoio a causas relacionadas à Palestina, incluindo o reconhecimento internacional do território palestino. Essa posição o colocou no centro da polêmica, sendo indiretamente vinculado ao Hamas devido à influência do grupo na região.

Por outro lado, o prefeito Ricardo Nunes associou Boulos e o Hamas como uma estratégia para atrair a atenção dos eleitores. Essa abordagem busca ativar mecanismos de contraste e reação de reatância psicológica nos votantes, apresentando Boulos como alguém indiretamente vinculado a um grupo terrorista para ressaltar as diferenças entre sua candidatura e a de seus oponentes, o que pode fazer com que os eleitores rejeitem Boulos.

No contexto político, a associação de Boulos ao Hamas pode ser interpretada como uma ameaça ao sistema democrático e aos valores fundamentais da sociedade, o que poderia levar alguns eleitores a rejeitar sua candidatura em favor de opções que se percebam como mais alinhadas com a estabilidade e segurança do sistema, segundo se depreende da análise da Teoria da Justificação do Sistema de John Jost, que oferece insights sobre como as pessoas desenvolvem e mantêm atitudes políticas e sociais.

A partir das ciências políticas e do marketing eleitoral, é possível entender essa estratégia como uma tentativa de moldar a percepção pública sobre Boulos e sua capacidade de liderança, apresentando seus oponentes como alternativas mais seguras e alinhadas com os interesses do eleitorado. Nesse contexto, a Agência Zenit destaca-se como uma parceira estratégica capaz de aplicar análises profundas sobre a percepção humana e desenvolver estratégias políticas e eleitorais eficazes. Se você busca compreender melhor como sua imagem política pode ser fortalecida diante de desafios como esses, convidamos você a entrar em contato conosco para conhecer nossas soluções de consultoria eleitoral.